Escrever sempre foi uma de minhas maiores vontades. Ao ler os grandes nomes da literatura no mundo, percebi que esta forma de comunicação era apropriada para mim, uma vez que não sou muito comunicativo pessoalmente. A forma de transmissão de sentimentos e análises sobre a vida e sobre o que nos acomete em nossa jornada pela existência proporcionada pela literatura é fantástica e emocionante; dar vida a estas sentimentalidades, experimentar formas, estéticas, trabalhar personagens e dar vida aos mesmos, tudo isso é instigante, e desde criança sempre fui inflado a seguir tais desígnios . Hoje, ao preparar meu primeiro romance, as dúvidas e incertezas são evidentes. Mas concluo com os mestres que a primeira coisa a fazer é deixar que as palavras nos capturem, nos escravizem, estar aberto aos códigos que elas nos colocam. A observação é outro ponto importante. Não há escritor que pretenda escrever algo interessante e que não se permita analisar suas cercanias, sua vizinhança, e dali retirar estes códigos textuais, com os quais a realidade se mostra em crueza. O escritor é o decifrador, o grande intérprete desta natureza léxica, que está em todos os lugares, mas acessível apenas a estes iniciados. Pretendi orientar-me por estas vertentes, e o que gostaria de apresentar neste espaço é uma tentativa sóbria de interpretação da realidade ao meu redor, onde o personagem , esteja ele nos tempos idos de Roma ou nos atuais de crise econômica, aborde sempre as propostas humanas, sua universalidade, sim , pois estamos ligados por esta universalidade sentimental, emotiva, coisa que a literatura já se consagrou em apresentar. O leitor, parte importante desta relação tríplice, a saber - escritor, texto e leitor - é o conector final, recebe estas impressões decodificadas e se nutre delas, identificando-se ou não com as abordagens transmitidas. As linguagens textuais serão diversas e frequentes neste espaço. Prosa, verso, crônicas, enfim, toda a manifestação literal poderá ter seu recanto aqui. O autor não pode se limitar a um estilo interpretativo; as palavras decidem qual a forma mais adequada de mostrarem-se, e o autor deve estar preparado e experimentado para obedecer, sempre, a estes chamados, como um profeta a ouvir atentamente a voz celestial e a traduzí-la, compartilhando com os demais as beneces divinas. Vamos em frente...

3 Comentários:

Como posso expressar, a sensação de experimentar a agradável leitura de seus textos! Conheço o potêncial que você tem, e com clareza vejo o sussesso e aceitação de seus escritos. Grande como pessoa, e obviamente grande como escritor, é certo que seu futuro literário está garantido. Espero que essas poucas palavras de seu primeiro comentário, sejam o suficiente para mostrar o tesouro que você, amigo, pode oferecer ao mundo. Continue, pois você possui pessoas que lhe apoiam e apostam em você, e nem todos os grandes puderam dispor disto. São essas as minhas profundas considerações. de seu amigo Beto

15 de novembro de 2008 às 06:51  

Não seria propriamente um panegírico. Mas, é com a enorme satisfação e estima que me ponho em versos, para lhe agradecer, como leitor de seus consideráveis escritos, e para lhe elogiar devidamente como um verdadeiro artista. Fico muito contente por você ter criado este blog, espaço oportuno de artes literárias. Agradeço também pela sua justificativa como escritor, e desejo, meu caro amigo Júlio, que venha ao nosso mundo o seu mundo, que existe muito mais além das linhas escritas com lápis e papeis... Que os mais diversos leitores conheçam a sua literatura, muito portentosa, devo acrescentar. E que não cesse já mais o seu potencial artístico... Um aperto de mão, um abraço, e uma reverência nobre de seu amigo, Washington Machado!

17 de novembro de 2008 às 11:38  

Prezado Julio;

Recebi um e-mail de Washington Machado( com quem nutro uma amizade verdadeira )pedindo-me atenção a um texto de sua autoria. Li atentamente Considerações sobre Tomé e apresento, desta feita, minhas considerações sobre o autor.
Texto tecnicamente preciso, bom gosto com as palavras, preocupação histórica relevante, personagens construídos de maneira inquietante, condução narrativa primorosa... Sua opção por escrever, por sorte, não se limita a compensações pessoais pela dimunita capacidade de comunicação social que você diz possuir; esta opção, na verdade, brinda seus leitores e amigos em comum com seu sublime e promissor talento literário.
Parabéns amigo.
Em tempo: Passei a enxergar Tomé de maneira diferente de até então. E todas as atitudes relativas ao desejo de poder que impulsionam as personagens de seu conto, são tão atuais que me senti no meio dos discípulos de Jesus.
Parabéns escritor!

6 de janeiro de 2009 às 07:42  

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